Visão

HISTÓRIA

A Educação Infantil do Colégio Universitário Geraldo Reis, situada no Campus do Gragoatá, é parte da Universidade Federal Fluminense, criada em função da demanda  da comunidade acadêmica pela Norma de Serviço nº 488/98, de 21 de outubro de 1998. Inaugurada em Outubro de 1997, constitui-se em unidade de Educação Infantil para crianças de dois até 5 anos e 11 meses. Comprometida com uma política acadêmica pautada pela tripé ensino, pesquisa e extensão, constitui-se também em espaço de formação (inicial e continuada), pesquisa e extensão em Educação Infantil.

Finalidades e objetivos

A Educação Infantil se caracteriza como unidade acadêmica de Educação Infantil, assegurando sua função acadêmica e social. Seguindo a proposta, tem por finalidades:

  1. Promover a educação de crianças de 2 a 5 anos, complementando a ação da família e da comunidade;
  2. Constituir-se em um espaço de pesquisa, ensino e extensão, viabilizando, desenvolvendo, coordenando e participando de atividades no campo da educação infantil, em articulação com outras unidades e departamentos da UFF; e
  3. Cooperar com instituições públicas, privadas e movimentos sociais, quando compatível com seus objetivos.

E tem por objetivos:

  1. Promover uma educação infantil de qualidade, garantindo o respeito aos direitos da criança, de acordo com o disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente;
  2. Cooperar com o processo de formação de estudantes e profissionais de diversas áreas do conhecimento no campo da educação infantil, através da criação, coordenação e apoio a projetos e programas acadêmicos no âmbito do ensino, da pesquisa e da extensão;
  3. Contribuir para a construção de metodologias e abordagens inovadoras na área da educação infantil e outras áreas do conhecimento;
  4. Promover uma gestão democrática garantindo uma dinâmica participativa entre profissionais, crianças e famílias;
  1. Promover eventos educativos e culturais;
  2. Trabalhar em parceria com outros setores da sociedade, através de instrumentos específicos, em acordo com as suas finalidades e objetivos.

População atendida

A população atendida é composta de crianças de dois anos até 5 anos e 11 meses. Serão incluídas as crianças com necessidades especiais.

O ingresso será realizado por meio de sorteio público, conforme exigido pela Resolução CNE/CEB nº 1 de 10 de março de 2011. O processo será gerenciado pela unidade.

As vagas para sorteio público serão abertas à medida que as crianças atualmente matriculadas se desligarem da unidade, por idade ou por outros motivos.

PROPOSTA PEDAGÓGICA

A proposta pedagógica da unidade organiza-se a partir de um conjunto de referências, a saber: a legislação brasileira sobre Educação Infantil; uma concepção teórica de infância e de Educação Infantil; princípios e valores que apontam para as práticas cotidianas na educação de crianças de zero a seis anos. Estas referências, a seguir indicadas, são a base para a organização da equipe e do trabalho pedagógico e para a definição da proposta pedagógica e curricular, com a organização do cotidiano de trabalho junto às crianças.

Em consonância com os documentos oficiais sobre Educação Infantil e, em especial, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394 de 20/12/96), que estabelece:  

Art. nº 29. A Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até os 6 anos de idade, com seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da sociedade. (LDB)

Os principais documentos legais incluem o Referencial Curricular Nacional de Educação Infantil –  RCNEI (Brasil 1998), as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil – DCNEI (Brasil 2009) e, ainda, os Critérios para um atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais das crianças (Campos e Rosemberg, 2009), que estabelecem importantes princípios.

Trata-se, em primeiro lugar, de promover o desenvolvimento integral das crianças, como apontado pela LDB. A este respeito, as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI) explicitam:

Art. 3o O currículo de Educação Infantil é concebido como um conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos de idade.

Art 4o As propostas pedagógicas de Educação Infantil deverão considerar que a criança, centro do planejamento curricular, é sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura. (DCNEI – destaques nossos)

Afirmar que a criança é o centro do planejamento curricular tem várias implicações. Em primeiro lugar, a proposta pedagógica deve se estruturar a partir dos direitos das crianças, tendo como meta central o bem-estar e o desenvolvimento infantil (Campos e Rosemberg, 2009). Decorre daí que dois princípios norteadores organizam as práticas pedagógicas com crianças pequenas: as interações entre crianças e entre crianças e adultos e a brincadeira, entendida como modo privilegiado de ser e estar no mundo das crianças. Estes dois princípios encontram sua fundamentação em bases teóricas que são comentadas adiante.

A centralidade da brincadeira como eixo estruturante das atividades pedagógicas é, por isso, repetidamente afirmada pelos diversos documentos, e assumida como base da proposta pedagógica da Educação Infantil do Colégio Universitário Geraldo Reis – UFF. Além disso, a centralidade da brincadeira se opõe a uma visão escolarizante da Educação Infantil, que a caracteriza como etapa preparatória para o Ensino Fundamental e acaba por “submeter precocemente as crianças a um modelo escolar rígido” (Campos 2009, p. 39). Em contraposição ao caráter preparatório da Educação Infantil, adotamos uma concepção que defende a especificidade desta etapa da Educação Básica por “ter como referência a criança e não o Ensino Fundamental” (Cerisara, 2002, p. 336). Assim,

o que reivindicamos é o espaço para a vida, para a vivência das emoções e dos afetos – alegrias e tristezas – para as relações entre coetâneos e não-coetâneos, para os conflitos, confrontos e encontros, para a ampliação do repertório vivencial e cultural das crianças a partir de um compromisso dos adultos que se responsabilizam por organizar o estar das crianças em instituições educativas que lhes permitam construir sentimentos de respeito, troca, compreensão, alegria, apoio, dignidade, amor, confiança, solidariedade, entre tantos outros. (Cerisara, 2002, p. 340-341).

Finlamente, vale registrar a indissociabilidade entre educar e cuidar. Para o RCNEI, “contemplar o cuidado na esfera da instituição de Educação Infantil significa compreendê-lo como parte integrante da educação” (RCNEI, Vol I, p. 24), estabelecendo portanto

a necessidade de que as instituições de Educação Infantil incorporem de maneira integrada as funções de educar e cuidar, não mais diferenciando nem hierarquizando os profissionais e instituições que atuam com as crianças pequenas e/ou aqueles que trabalham com as maiores.

(…)

Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolovimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural.  (RCNEI – Vol I, p. 23)

Em síntese, proposta pedagógica da unidade tem por meta desenvolver uma educação infantil inovadora e de qualidade (Campos e Rosemberg, 2009). A Educação Infantil do Colégio Universitário Geraldo Reis –  UFF tem suas bases na centralidade criança nas ações educativas e, ao mesmo tempo, fomenta participação da equipe e das famílias, de acordo com as orientações nacionais e referências internacionais da área.



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