Em virtude da atual pandemia que estamos vivendo e da distribuição de kits de alimentos aos alunos matriculados no Colégio Universitário Geraldo Reis – UFF, vimos, por meio desta nota, explicar os motivos pela escolha dos itens alimentares, a fim de esclarecer possíveis dúvidas.
Optamos pela inclusão de gêneros alimentícios densamente nutritivos, tendo como base os preceitos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o atual Guia Alimentar para a População Brasileira (2014). Desta forma, foi dada preferência por alimentos minimamente processados, bem como por ingredientes culinários mais saudáveis. O arroz e o feijão, por exemplo, correspondem a uma combinação clássica da dieta da população brasileira. Juntos fornecem os aminoácidos essenciais para o adequado crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes, além de serem fontes de carboidratos, vitaminas, minerais e fibras. Já, o macarrão, como fonte principal de carboidratos, fornece energia rápida. O fubá, por ser sua vez, é fonte de carboidratos, ferro, ácido fólico e fibras. A farinha de mandioca foi incluída por ser uma fonte de carboidratos e fibras, além de apresentar minerais importantes como ferro, cálcio, potássio e magnésio. A farinha de trigo por ser um cereal rico também em carboidratos e, portanto, fonte de energia, além de fibras, proteínas e nutrientes como o ferro e ácido fólico também foi incluída. O leite de vaca integral, que é fonte de carboidratos, proteínas e gorduras, cálcio, magnésio, potássio, vitamina A e zinco. Também incluímos os ingredientes culinários óleo, sal e açúcar, uma vez que, utilizados de forma moderada, podem fazer parte da preparação de diversas preparações saudáveis.
Por fim, optamos pela não inclusão do gênero alimentício café uma vez que este não possui valores nutricionais significantes que possam melhorar o desenvolvimento infantil e de adolescentes. Além disso, a cafeína, componente presente em grande quantidade no café, possui efeitos benéficos e maléficos contraditórios, como exemplo os efeitos no Sistema Nervoso Central (SNC), como a redução na qualidade do sono, podendo provocar insônia, além da elevação da pressão arterial, estímulo a irritabilidade e taquicardia e aumento da secreção ácida no estômago. Finalmente, a cafeína presente no café pode atrapalhar a absorção do ferro, podendo levar à anemia. Portanto, não recomendamos o uso contínuo do café nesta faixa etária.
Referências:
- https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf
- https://www.cfn.org.br/wp-content/uploads/2017/03/taco_4_edicao_ampliada_e_revisada.pdf
- Lei n° 11.947/2009 – PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar
- https://www.cfn.org.br/wp-content/uploads/2015/07/Parecer-do-CFN-sobre-merenda-escolar.pdf
Niterói, 01 de Junho de 2020.
Anexo